CORRECT LYRICS

Lyrics : Facada Eleitoral 2

E o crescimento que 'tá tendo é só bancário
E os MC' disputando a guerra de likes
Eu viso[?] que tem os anti-Adidas e tem os anti-Nike
Eu aprendi a ser foi anti-alemão no mic
Com a fé do Brown no coração
Enquanto os empresário' e os político' não ligam pro Covid
Vacinando a família e quem eles tem por perto
Por isso que agora eles dizem que é só uma gripe
Quer ser bandido e viver livre?
Se tu tirar plantão e for pra boca, vai ser preso, entrar na bala
Se for político, vai ter mansão em Angra
E, no máximo, você vai ficar preso den'de casa
Vingança é droga que vicia e dá prazer
Despertador no gueto é acordar com a bomba-relógio
Bala perdida ou na mão da polícia
Ou, então, vão te matar te entupindo de agrotóxico
150 de auxílio, funcionário'-fantasmas
E a pobreza vem ganhando mais destaque
E se tirasse o seu auxílio-paletó e transformasse isso em mais bolsas de faculdade?
O diabo é sujo, mas a mente humana é mais
Troféu, pros empresários, é ver nossa classe no poço
Mansões valem milhões, enganaram nosso povo
E a próxima facada é candidato lá do morro
Ouviram do Ipiranga, margem plácida
Legal seria se toda teoria fosse prática
Abracadabra, plim-plim, num passe de mágica
Desde criança, sumo quando vejo a Força Tática
Sim, sim, de porque porque 'tamo' aqui
Serve como resposta porque nós é isso aí
Se foi dada a condição de suc*mbir
Descobri que quem vem de onde nós vem combina mais com emergir
(Ruf, ruf)
E a caravana passou
Hoje eu entendo que rimar é o mais fácil
Se for bem legal, ali em cima nem rimou
Volte todas as casas se não entende o professor
Há 31 tocando o rolo compressor
Pavimentando a pista que vários acelerou
É o terror, é o terror
Visão sempre teve aí
Quem pegou, pegou

O time chegou, o time formou
DoisT, Febem, Ogi, Lord ADL, GOG
Peso pesado, vamo

O rap revoluciona o bolso do empresário
Ele vende bem a frase "alma de artista"
A lírica vira fila falando de amor
A letra é treta, mofa na gaveta do letrista
Faça o teste da humildade, mande um áudio, uma mensagem
Visualiza, não responde, o compromisso é viagem
Vão me acusar de mimimi, dedo na cara para dividir
Virou moda criticar, desvalorizar a dor que nunca sentiu
Mercado engana, mais que o Huck lá no quadro Lata-Velha
Não adianta maquiar, realidade atropela
Rato desumano xingou e o escambau
Família do racista alegou problema mental
Na Lua cheia, os ratos cinza' rastreia
Os gato são pardos, de farda, traz fardo pesado
Pra você ver o sol nascer quadrado
Cortante como um estilete
Pisa, não, não é tapete
Visualização não é pegar visão
Pregão da bolsa é arrastão de gabinete
Balanço da favela virou balancete
Ali onça bebe água, na espreita
Aliança, na diáspora, desfeita
Linhagem africana, Tupac na bandana
O rap é Pantera Negra, então, respeita
De boné, o crime mata
De terno, o crime compensa
Não sabe escrever, mas já assinou a própria sentença
Quer bestializar a criança, quer banalizar doença
E, se tu discorda, já é, mas tu não vai ter minha bença'
Se "farinha pouca, meu pirão primeiro"
No caso deles, foda-se, comer um pirão inteiro
Pô, tive meus delito' pra fazer o dinheiro
Eu não sou santo nem profano, eu nasci nesse meio
Eu vou...
Rádio na cintura e de glock na mão
A camisa do Bayer, fura[?] alemão
Vou viver fodendo sem sentimento
Mas vou morrer na boca sem outra missão
Meritocracia?
Dez horas de trampo versus playboy estudado, descansado e alimentado
Porra, papo é reto
Se nos derem a construção civil, seremos engenheiros e arquitetos
Contaremos todas as vitórias nas versões de quem vence
E não só de quem vi de perto
Mano, eu passei noites muito loucas na vida de quem vende
Quase morri, hoje eu aperto
São várias visões, esses menores são tudo mente
Tipo às vezes tu precisa mesmo é de um Favela Cria
Pra desde novinho ter a visão de o que é valores
E que o que o homem precisa mesmo é tempo pra família
Diferente disso, nós abre as porta' de casa
Nós toma tapa na cara de político, polícia
Os planos deu tudo errado, eu fui o errado na notícia
Vivo, querido, preso, esquecido
E morto deixarei saudades
Parecia que só eu estava lúcido
E que, de repente, na minha frente, luz se fez
Observo a figura que tá nesse púlpito
E ali eu vejo claramente Lúcifer
As pessoas me parecem que estão em hipnose
Pura psicose, são marionetes
Eles não percebem nem que chova canivete
Que o número da besta hoje é o dezessete
Baixam o decreto que estimula as mazelas
Pra deixar a nossa esperança magricela
A morte passeia nas vielas das favelas
Pra fazer que nunca mais existam Marighellas
Querem nos apavorar, torturar, aleijar
Eles nos enviam a miséria pra nos alvejar
Fomos condenados a nunca subir de patamar
Sinto os sabores do desgosto no meu paladar
O cenário é bélico, a rotina, tétrica
A vida do pobre cada vez mais cadavérica
O demônio age a serviço da elite
E, por isso, do inferno, isso aqui virou a réplica